Quem sou eu

Minha foto
Um Espírito em busca de Equilíbrio, Objetivo, Felicidade e Sabedoria.

domingo, 24 de agosto de 2014

Escolhas e suas consequências


Meia- noite, eu já devia estar dormindo mas ainda trabalhando, pois é necessário. E deu vontade de escrever um pouco; coisas aleatórias e que provavelmente só serão devida e realmente valorizadas quando não mais importar... Quem sabe?

Às vezes não é necessário falarmos nada pra alguém, apenas saber que a pessoa existe e podemos contar com ela já é uma grande alívio e felicidade, pois não somos "ilhas". É, lembro desse lance de "Os Humanos não são Ilhas" desde a 7ª série, quando a professora pediu pra fazermos uma redação falando do assunto e eu sempre gostei de escrever. Também sempre fui muito quieta, na minha, caladona quando criança, coisa que só se alterou com o passar do tempo e o final de minha adolescência, porém só pelo lado da timidez em si, não do comportamento. Alterou, mas não digo que mudou tanto, afinal continuo com meu jeito recluso e isso, querendo ou não, teve influência direta de vários fatos que me aconteceram com relacionamento humano seja em amizades ou relações amorosas.

Posso dizer que passei sempre me doei bastante às pessoas e isto faz parte do que sou e é algo que não pretendo deixar de fazer, mesmo que elas nunca ou pouco tenham reconhecido – creio que poucas o fizeram e ainda o farão, assim como sempre cada um considerará aquilo que lhe for mais importatnte, independente do que outro lhe tenha feito. Devemos convir que as pessoas fazem coisas boas e ruins entre si, mas o que não dá é pra querer cobrir um erro com um acerto planejado previamente para supri-lo. Tudo isso é coisa de Ser Humano, não mudarei o DNA da espécie só porque eu quero. xP

O fato é que as coisas mudam, as pessoas mudam, a vida muda e a gente tem mais é que aceitar e, principalmente, fazer escolhas. Não podemos negar que tudo isso é meio complicado, algumas vezes mais, outras, menos, mas todos temos de fazer. De certa forma já me "martirizei" por fazer certas escolhas que acabaram afetando mais pessoas do que o devido - ou não - porém, o fato é que era necessário tomar uma atitude. Infelizmente, também já escolheram deixar de conviverem comigo por conta de pessoas com as quais eu convivia e, quer saber: isso é, no mínimo, tenso, no máximo, triste!

Todavia, como disse, é coisa do Ser Humano: estar com quem lhe apetece, seja física, mental e/ou espiritualmente. Sinto falta de muitos que já passaram por minha vida, alguns que ainda posso resgatar por estarem próximos - ao menos em termos de contato -, mas que não dependerá só de mim fazê-lo, já que cada um tem sua própria senda. O que continua me restando são as lembranças de uma convivência e de pessoas não mais existentes/frequentes em meu caminho, entretanto, também a verificação de que minhas escolhas me fizeram bem, trouxeram-me saúde a qual eu não tinha: paz interior, porque continuar adoecendo por causa do comportamento humano e suas doenças sociais eu já resolvi deixar de ter!


Continuo me preocupando, sonhando e buscando uma sociedade melhor, mas sem aquela utopia inadequada de que tudo só presta se for igual e certinho. Continue o mundo com suas diferenças, pois existe magia nisso; eu continuarei seguindo no caminho que escolhi, mesmo que este seja pouco buscado, percorrido e, na maioria das vezes, solitário. Não sou uma ilha – ninguém o é -, porém prefiro fazer parte de uma pequena península resistente do que de um pseudo-continente.  

domingo, 6 de abril de 2014

SentiMente - Parte 2

Acordo...

Meu corpo está inerte enquanto mil alterações divagam através das sinapses de meus neurônios. Meu crânio ainda lateja, enquanto minha visão embaçada distingue um pequeno cômodo, semi-escuro e pobre de mobília, além do brilho de RS-3 próximo a mim. O frio de seus dedos metálicos me saúdam a cada toque em minha cabeça enquanto a envolvem com uma camada sutil de Elastano Epitelial. Mesmo ainda zonzo, não é difícil entender o que houve: o chip falhou; outro Chip Mesclado se foi.

No Painel Holográfico à minha frente apresentando o Relatório de Inatividade consta que estive inativo por 2day:7hrs:13min:28sec:100cent Timeline, com uma média de 38 bpm. A exatidão desses números me assusta... Para quem começou com 9 dias inteiros e uma média de 27 bpm de suspensão, estou demorando cada vez menos para me recuperar dos implantes. Isso não é bom! A percepção de estar me adaptando a essas drogas de implantes e me aproximando do que mais fujo é inaceitável! Se isto continuar, em pouco tempo deixarei de existir e não desejo fazê-lo de nenhuma forma: se não for para existir mantendo minha natureza, antes nem ter nascido...

“Matriz Zero”, todos os seres em estado primordial, cuja Alteração Implantária é inexistente... Parece uma piada de mau gosto que, em uma sociedade tão perfeita como esta ainda existam pessoas incapazes de se adaptar aos implantes; alguém como eu.

As lembranças dos tempos de cobaia nos 16 domos pelos quais estive e vivi estes 13 parcos anos vêm à superfície memorial. Nasci um primordial; meu DNA rejeitou todas as tentativas de implantes químicos e nanotecnológicos.  Em um grupo de 57 recém-nascidos, eu era o único “zerado”, não evoluído. Obviamente que não me lembro de tudo o que já fizeram comigo a não ser pelos dados experimentais arquivados em chips de memórias, aos quais nunca tive acesso, mas sei existirem por comporem a documentação de todo Ciborgan. Porém, o que eu lembro juntamente com a memória Ciborgan de RS-3, as cicatrizes em meu corpo maltratado e a fenda sempre mantida aberta em minha cabeça são suficientes para eu ter certeza de que não desejo essa evolução.

Por que sou assim, tão diferente de todos? E por que eu ainda existo? Conforme RS-3, estas são perguntas sem fundamento lógico, porque todos existem pela razão simples de uma necessidade. Então, se assim o é, qual é a minha? A objetividade pode até ser aceitável, mas não a sua frieza e tal lógica é simples demais para que eu a acate naturalmente...

Em meio a esse devaneio privado, uma explosão luminosa invade o ambiente, fazendo-me ser jogado contra RS-3 que me agarra firmemente enquanto embola no chão, direto à uma parede ótica. Sinto nova dor de cabeça, a mesma de quando me inseriam um novo chip. A única coisa de que tenho tempo de pensar antes de gemer é: “Eles nos acharam!”.

SentiMente - Parte 1

Implantação

2.076...

No céu, imagens de diversas propagandas mesclando-se em um caleidoscópio de bits entrelaçados. Arranha-céus com linhas invisíveis conectando informações aleatórias em velocidade quase incontável; nas avenidas, hologramas edificados em proporções exuberantes de um trânsito caoticamente arrumado em linhas coloridamente luminosas; nas calçadas, projetos humanos perambulando, atravessando-se mutuamente, sem nenhuma preocupação aparente. A cidade em sua face seca e fugaz, de ciborgues com desconhecidas origens e destinos. De “carne”, pouco se vê e raramente se toca. O mundo é mais quadrado que redondo, em que chips de todos os tamanhos e funções produzem a existência atual. Aquilo que se pensava impossível para alguns, tornou-se realidade: a Emoção cedeu lugar à Razão em uma porcentagem inacreditavelmente desumana – 90% de Metais, Plásticos, Fibras Óticas, Carbono e tantos outros elementos e materiais.

Afora o calor gerado pela transmissão energética produzida pelas superfícies eletrônicas compositoras do ambiente artificial ao redor, tudo é muito frio. Frio este que se torna ainda pior devido aos inúmeros pontos de escapamento da massa de aquecimento para o exterior do “Domo Residencial”, tornando o lado externo do domo uma ilusão. Apenas os sentidos antes “naturais” acessam o que hoje é denominado de “mundo perfeito”. Não há mais contatocarnal de nenhuma natureza... Como disse, algo impensável há poucos anos atrás... O que as tão conservadoras e mesmo inovadoras religiões e filosofias pregavam até o início do século, foi derrubado por um único evento ocorrido em 2.015, o ironicamente denominado “Movimento Implantário”, plagiando a própria História da Humanidade.

Seu objetivo foi extrapolar o que a evolução tanto almejava: sua perfeição! Não houve resistência duradoura para isto, afinal, a Tecnologia foi a criação mais efetiva e bem usada pelos antigos humanos, os quais, apesar de, e principalmente por temerem sua extinção, chegaram a este ponto. O conceito “ciborgue” tornou-se mais que uma simples realidade – alcançou a única existência. Daí o nome “Ciborgan”, amálgama elevado de um reles humano ao que hoje rege a existência. É fato compreensível que, em meio a toda essa mudança, o primordial da sociedade humana e uma quantidade significativa desta pereceu. Porém, uma coisa é inegável: a simplicidade da visão de mundo linear é tanta que a manutenção da ordem é um avanço incontestável conquistado pelos Implantários.

Em meio à lembrança desta realidade, vem aquilo que conheci no “Domo Inferior”, de onde fui retirado por Ciborgan RS-3, como “dor” e minha visão embaralha ainda mais as aleatoriedades ao meu redor. Balanço minha cabeça, porém a dor só piora... Apoio-me no metal frio do braço direito RS-3 enquanto meus pés se confundem e impedem meu equilíbrio. RS-3 me apoia, enquanto me sinto pesado e tudo escurece.

Inicia-se uma nova fase...

Todos sabem - ou não, sei lá! xD - que sempre pretendi escrever, ser escritora profissional. Ainda não cheguei lá, por vários motivos que só cabem a mim ter consciência e mudar, até porque a maior responsabilidade é minha, mesmo quando deixei de fazer algo por opiniões alheias que só me colocavam pra baixo e mesmo sabendo que todos precisam de incentivo, principalmente no mundo de hoje, super-competitivo e repleto de valores quantitativos e não qualitativos... É muito fácil ser "eleito/a" o rei/rainha de algo quando se tem números ao redor... ¬¬
Talvez até essa minha visão "extremista" de achar que a gente só deve dar aval àquilo que realmente nos é interessante/importante seja uma falha minha, mas isso ainda é minha natureza, apesar de a estar mudando aos poucos...

Porém, tirando minha louca visão e mania de monólogo de lado (essa foi ótima, admita! xD), venho apresentar uma novidade aqui no blog. Fui chamada para um projeto bem legal que iniciou mês passado e o qual refere-se à escrita. O nome é MONOBA e cá está sua página oficial: http://monoba.blogspot.com.br/.
Dentro dele, estou "competindo" (mais comigo mesmo do que com qualquer um! xDDD) com a história "SentiMente", a qual começarei a postar aqui também, enquanto durar as 25 semanas do MONOBA.
Como ainda é um projeto, depois da 25ª semana é que saberemos se a batalha continuará ou não, todavia espero que ela continue, pois foi uma forma bem instigante de eu escrever continuamente. ^^
Agradeço à Mid Misha por me ter convidado para este projeto e pode ter certeza de que farei meu possível para que ele dê certo e seja "eterno". Vlw, Mid! ~.^
Apresentado o projeto, sinta-se convidado/a a ler as histórias lá presentes e a acompanhar "SentiMente" semanalmente também, é claro! *___*
Vamos nessa! o/

Life change...

Mudança de Vida...
Quem não passa por isso? ^^
A gente nasce já tendo de se acostumar a vários ambientes distintos, sempre tendo de se adaptar, a aprender coisas, lidar com novas situações.
A gente nunca deixa de aprender; o que muda é o fato de já termos nos acostumado com certas situações - o que chamamos de hábito - que parece tudo tão rotineiro ao ponto de não haver mais novidades por aí, a serem experienciadas e absorvidas.
Engana-se quem pensa que a vida acabou por estar com idade avançada e que ela só existe pra quem é jovem. O que diferencia as pessoas é exclusivamente a sua vontade de visão... Sim, vontade de aprender sempre ou achar que já sabe. E isso está associado ao Ego, bem assim como com a Sociedade.
Se você acha que todo jovem é irresponsável ou que todo idoso é rabugento é porque tem uma mentalidade tão "limitada" que não consegue aceitar outra visão. Isso mesmo: VISÃO!  E não é visão de olhar, mas visão de sentir e aprender com o novo que sempre existe ao redor. É ser aberto em seu pensamento e sua aceitação do mundo. Todos têm o direito de serem limitados - pois todos o somos! - mas também temos a responsabilidade de seguirmos nossa natureza ilimitada para encontrar Vida e continuar nossa caminhada responsável pelo mundo Material, até retornarmos ao Imaterial de forma completa.
É difícil entender e fazer isso? Pode ser, mas só precisa de vontade e esforço pra conseguir tudo.