Meia- noite, eu já devia estar
dormindo mas ainda trabalhando, pois é necessário. E deu vontade de escrever um
pouco; coisas aleatórias e que provavelmente só serão devida e realmente
valorizadas quando não mais importar... Quem sabe?
Às vezes não é necessário
falarmos nada pra alguém, apenas saber que a pessoa existe e podemos contar com
ela já é uma grande alívio e felicidade, pois não somos "ilhas". É,
lembro desse lance de "Os Humanos não são Ilhas" desde a 7ª série,
quando a professora pediu pra fazermos uma redação falando do assunto e eu
sempre gostei de escrever. Também sempre fui muito quieta, na minha, caladona
quando criança, coisa que só se alterou com o passar do tempo e o final de
minha adolescência, porém só pelo lado da timidez em si, não do comportamento.
Alterou, mas não digo que mudou tanto, afinal continuo com meu jeito recluso e
isso, querendo ou não, teve influência direta de vários fatos que me
aconteceram com relacionamento humano seja em amizades ou relações amorosas.
Posso dizer que passei sempre me
doei bastante às pessoas e isto faz parte do que sou e é algo que não pretendo
deixar de fazer, mesmo que elas nunca ou pouco tenham reconhecido – creio que
poucas o fizeram e ainda o farão, assim como sempre cada um considerará aquilo
que lhe for mais importatnte, independente do que outro lhe tenha feito. Devemos
convir que as pessoas fazem coisas boas e ruins entre si, mas o que não dá é
pra querer cobrir um erro com um acerto planejado previamente para supri-lo. Tudo
isso é coisa de Ser Humano, não mudarei o DNA da espécie só porque eu quero. xP
O fato é que as coisas mudam, as
pessoas mudam, a vida muda e a gente tem mais é que aceitar e, principalmente,
fazer escolhas. Não podemos negar que tudo isso é meio complicado, algumas
vezes mais, outras, menos, mas todos temos de fazer. De certa forma já me
"martirizei" por fazer certas escolhas que acabaram afetando mais
pessoas do que o devido - ou não - porém, o fato é que era necessário tomar uma
atitude. Infelizmente, também já escolheram deixar de conviverem comigo por
conta de pessoas com as quais eu convivia e, quer saber: isso é, no mínimo, tenso,
no máximo, triste!
Todavia, como disse, é coisa do
Ser Humano: estar com quem lhe apetece, seja física, mental e/ou
espiritualmente. Sinto falta de muitos que já passaram por minha vida, alguns
que ainda posso resgatar por estarem próximos - ao menos em termos de contato -,
mas que não dependerá só de mim fazê-lo, já que cada um tem sua própria senda.
O que continua me restando são as lembranças de uma convivência e de pessoas não
mais existentes/frequentes em meu caminho, entretanto, também a verificação de
que minhas escolhas me fizeram bem, trouxeram-me saúde a qual eu não tinha: paz
interior, porque continuar adoecendo por causa do comportamento humano e suas
doenças sociais eu já resolvi deixar de ter!
Continuo me preocupando, sonhando
e buscando uma sociedade melhor, mas sem aquela utopia inadequada de que tudo
só presta se for igual e certinho. Continue o mundo com suas diferenças, pois
existe magia nisso; eu continuarei seguindo no caminho que escolhi, mesmo que este
seja pouco buscado, percorrido e, na maioria das vezes, solitário. Não sou uma ilha
– ninguém o é -, porém prefiro fazer parte de uma pequena península resistente do
que de um pseudo-continente.
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