Quem sou eu

Minha foto
Um Espírito em busca de Equilíbrio, Objetivo, Felicidade e Sabedoria.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Adeus, Brígh...



Hj minha Bree faleceu.

Ela tinha apenas cerca de 2 meses e sofreu com uma infecção pós-operatória da castração realizada sábado passado, 17 de março.

Encontrei-a na penúltima semana de janeiro, por volta dos dias 24, 25 ou 26, ñ me lembro bem ao certo. Ela já estava com os olhos abertos e já era bem espertinha. Eu já a havia visto na rua do colégio em q trabalho no início da semana e fiquei interessada em pegá-la, mas ñ o fiz por já ter muitos gatos. Entretanto, perguntei a um senhor q faz trabalhos aqui em casa se ele ñ estava interessado em um gatinho siamês e ele confirmou. Foi aí q Bree veio pra casa.

Todavia, o senhor falou com a esposa e esta ñ a quis por ser fêmea, daí tive q ficar com ela até aparecer outro dono. E comecei a fazer propaganda. Após poucos dias, um rapaz me ligou dizendo q sua mãe queria a gata e combinamos de eu a entregar já operada, no q o rapaz aceitou. Então o disse pra levá-la para adaptação com a família, o q ele ñ concordou dizendo q só a queria após a castração, mesmo q ficasse com ela durante o período de recuperação. Acredito q tal atitude do rapaz tenha sido por ñ “confiar” q eu operaria a gata como combinado, mas...

O fato é q Brígh acabou ficando conosco e, aos poucos, foi se mesclando à família de forma a nos conquistar e decidirmos ñ mais entregá-la, pois, qnd se quer REALMENTE criar um animal, independe de circunstâncias: VC SIMPLESMENTE CRIA!

Bree era saudável, esperta, carinhosa, tranquila, meiga, sociável e bastante enérgica. Dava-se bem com todos os demais animais da casa, inclusive brincava com o cão e foi até adotada por uma das gatas como filhota. Brincávamos muito e ela dormia todas as noites comigo, na cama, situação q ocorre frequentemente qnd adoto filhotes.

Passou-se o tempo e nem pensávamos em fazer cirurgia nela agora, porém o “destino” desempenhou seu papel.

No dia 17 havia um grupo de animais para castração na clínica em q costumo levar meus bichos e eu consultaria Heizo, meu gato mais velho, pra ver se ele tinha condições de castrar. Além  disso, havia combinado com uma moça de onde moro para castrar a gata dela, mas a mulher acabou desistindo em cima da hora – literalmente – e ñ levou a gata. Com essa situação, acabei resolvendo levar Brígh no lugar da gata desistente, até porq ela já tinha seus 2 meses, portanto, já estava na época mínima de castrar. E assim foi.

Infelizmente, no dia seguinte à operação, Bree começou a apresentar sinais de q havia algo errado; ficou sem se alimentar nem beber água e começou a ficar pelos cantos, sem nem mesmo querer andar ou ficar junto com os demais animais. Percebendo a situação e com “trauma” de um caso recente do mesmo tipo ocorrido com a gata de uma conhecida q havia falecido, procurei cuidar de Bree ao meu máximo, dando água e comida via seringa pra ver se ela reagia, o q ñ aconteceu, pois ela recusava muito. Liguei para a veterinária na 2ª feira e perguntei se podia levá-la e ficou marcado de eu fazer isto no dia seguinte, porq a clínica estava com muito movimento e ñ haveria possibilidade de atender Brígh. Receitaram-me alguns cuidados por telefone e os fiz todos. Na 3ª feira a levei para a clínica e ela ficou no soro durante a parte da manhã. Qnd a busquei, à tarde, ela aparentava melhoras, mas sem muito ânimo ainda. Em casa, continuei os cuidados com alimentação e água em horários frequentes, porém sem muita reação da parte dela.

Estava sonhando, ñ me lembro o q, mas lembro-me de q algo no sonho ativou em mim a necessidade de acordar e, de súbito, despertei hj pela manhã, às 5:35hs. Assim q o fiz, logo procurei por Bree no quarto e lá estava ela na caixinha, deitada de lado, quietinha. Eu logo a toquei, tirei de lá e percebi q ela já estava com o corpinho todo mole, sem reagir, apenas me olhando e respirando fracamente. Desesperei-me por ñ saber o q fazer e por, no meu íntimo, saber o q estava acontecendo: eu a estava perdendo. Fiquei com ela em meus braços, tentei ajudá-la a respirar, fui pra parte externa da casa, liguei pra uma das veterinárias, mas sem sucesso e isso me deixou ainda mais desesperada. Continuei conversando e tentando ajudá-la, mas sabendo q tudo aquilo era em vão. Bree só me olhava e tentava respirar, entretanto já perdendo ainda mais suas forças. Beijei-a, abracei-a, acariciei-a e conversei MUITO com ela, porém mantendo a “razão” e sem chorar. Dentre essas ações, ainda a vi me encarar algumas vezes e gemer fracamente e, após um desses gemidos, senti q ela urinava em mim... Foi o último suspiro de minha Bree.

Só então chorei! Ñ importa dizer o qnt, mas doeu! Senti-me culpada, impotente e incompetente por ñ tê-la salvo. Senti raiva de mim mesma e, mais uma vez, percebi como a Vida é efêmera.

O dia passou. Minha gatinha está enterrada no quintal de casa. Ainda chorei muito e ainda choro enqt escrevo isto. Todavia, sei q preciso libertar-me dessa tristeza (daí estar escrevendo), bem assim como libertar Bree da energia mundana e permitir-nos seguir em frente, cada qual com sua senda, seja ela qual for. De qualquer forma, no final de tudo, ñ podemos retornar no Tempo e a Morte, assim como todos os sofrimentos, são lições q devemos tomar no sentido de aprendermos a nos responsabilizar e arcar com todos os nossos atos, além de nos fortalecermos para sermos seres mais evoluídos e conscientes da Vida.

Sei q fiz meu melhor e, por mais q pense haver a possibilidade de ter feito diferente, ñ tenho como mudar o ocorrido. E sei q vc, mesmo em pouco tempo de vida, conseguiu aproveitar o Cuidado e Amor q lhe foi oferecido por todos os q estiveram ao seu redor durante sua estadia aqui nessa vida, minha Bree. Amei-te e amarei nas lembranças q tenho de seu ser. Siga seu caminho e evolua seu Espírito. Descanse em paz, meu Amorzinho! Adeus!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Herança Universal

O q deixarei para o futuro?

Talvez haja pessoas q nem se preocupem tanto com tal pergunta, mas fico refletindo sobre ela com certa frequência, pois cheguei a um ponto em q observo ao redor e ñ capto muita coisa q eu possa afirmar como tendo deixado de “herança” para a humanidade e a posteridade universal.

Cuido de animais, tento ajudar pessoas, apesar de me sentir (e manter) um pouco afastada desde há algum tempo, na ilusória tentativa de ñ me machucar mais... Mas será q isso q faço é um diferencial? Meus animais ou as pessoas ao meu redor vão se lembrar de mim de alguma forma só por isto?

Há pessoas q deixam filhos para manter sua linhagem sanguínea e, portanto, um pouco de sua energia. Eu ainda ñ tenho nenhum.

Há outras q deixam sua riqueza material como ajuda a vários seres, sejam humanos ou animais. Eu ainda ñ tenho tal riqueza.

Há outras pessoas q deixam sua marca em forma de arte, seja ela da natureza q for, e essa arte, por mais “temporária” q ocorra, permanece “gravada” no tempo por todas as gerações posteriores para a observarem, mesmo q em maior ou menor nível. São estes q eu e tantos outros chamamos de “Imortais” e aos quais eu gostaria MUITO de alcançar.

Aí vc pergunta: E por q ñ o faz?

E e eu respondo: Eu tento, mas, por algum motivo interno, acabo ñ conseguindo da forma q eu gostaria...

Eu já tentei ser alguém “conhecida” e ñ consegui... Parece q a ARTE realmente ñ é para mim...

Já desenhei e perdi meus desenhos; já fiz Artes Gráficas e meus arquivos se “perderam” nas empresas q trabalhei; já escrevi e minhas palavras ñ alcançam o âmbito q eu almejo alcançarem.

O q falta?

Dizem q eu preciso fazer “propaganda” do meu material, mas, sinceramente, qnt coisa eu já ñ achei interessante pelo mundo afora sem nem mesmo eu ter conhecimento prévio, apenas por ter buscado aquilo?

Aí vem a uma questão q me deixa ainda mais “triste”: se ñ me acham, será q é por falta de busca ou por falta de competência minha em minhas palavras?

Por vezes prefiro acreditar q seja simples falta de interesse alheio, porém pego-me na armadilha do “culpar os outros é mais fácil”, então fico com a segunda opção: incompetência minha!

Será q sou egocêntrica demais ao ponto de querer ver minhas produções expandidas pelo mundo de forma mais “consistente”? Ou será q estou “apelando” de forma errônea ao tentar expandi-las?

O q eu vou deixar pro mundo afinal? Qual será minha marca?

Ñ sei ainda, por achar q estou indo no caminho errado e me sentir um fracasso por conta disso...

Mas sabe, no fim das contas, acredito q todos sejamos “imortais” em nossas capacidades. Eu posso ñ ter alcançado uma expansão através da Arte – ser uma “Artista Fracassada” –, todavia, querendo ou ñ, as pessoas sempre “gravam” um pouco de si naqueles com quem interagem, mesmo q numa parcela muito pequena, mas q é lembrada por algum motivo.

Tem gente q nasceu pra deixar sua “marca” de forma consistente e universal; tem gente q só nasceu pra deixar sua marca enqt (sobre)vive... Por enqt, parece q sou da segunda natureza, in ou apenas felizmente...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sou uma criança!



Sou uma criança!
Uma criança que perdeu a pureza muito cedo;
Uma criança que confiou nas pessoas com uma pureza idiota;
Uma criança que se entregou aos outros por nem mesmo saber quem era;
Uma criança que se decepcionou por sua entrega infantil e sem retorno;
Sou uma criança!
Uma criança que cresceu achando ser alguém;
Uma criança que tinha em seu orgulho sua fortaleza;
Uma criança que percebeu ter crescido como um fardo para outros;
Uma criança que sempre buscou fugir, porém nunca teve a verdadeira coragem para fazê-lo;
Sou uma criança!
Uma criança que mal tem mais a idade para gerar outras crianças;
Uma criança que perdeu a vontade de lutar;
Uma criança que abriu os olhos para ver o quanto infantil foi todo esse tempo
Uma criança que sempre esperou que outros a afagassem;
Sou uma criança!
Uma criança que continua querendo fugir, mas não sabe mais pra onde;
Uma criança que continua sem saber quem é de verdade;
Uma criança que nunca se perdeu, porque, na verdade, nunca se encontrou;
Sou uma criança!
E essa é a sina que a vida parece ter me carregado;
Caí na armadilha e não consigo sair dela!
Sou uma criança!