Hj minha Bree faleceu.
Ela tinha apenas cerca de 2 meses e sofreu com uma infecção pós-operatória da castração realizada sábado passado, 17 de março.
Encontrei-a na penúltima semana de janeiro, por volta dos dias 24, 25 ou 26, ñ me lembro bem ao certo. Ela já estava com os olhos abertos e já era bem espertinha. Eu já a havia visto na rua do colégio em q trabalho no início da semana e fiquei interessada em pegá-la, mas ñ o fiz por já ter muitos gatos. Entretanto, perguntei a um senhor q faz trabalhos aqui em casa se ele ñ estava interessado em um gatinho siamês e ele confirmou. Foi aí q Bree veio pra casa.
Todavia, o senhor falou com a esposa e esta ñ a quis por ser fêmea, daí tive q ficar com ela até aparecer outro dono. E comecei a fazer propaganda. Após poucos dias, um rapaz me ligou dizendo q sua mãe queria a gata e combinamos de eu a entregar já operada, no q o rapaz aceitou. Então o disse pra levá-la para adaptação com a família, o q ele ñ concordou dizendo q só a queria após a castração, mesmo q ficasse com ela durante o período de recuperação. Acredito q tal atitude do rapaz tenha sido por ñ “confiar” q eu operaria a gata como combinado, mas...
O fato é q Brígh acabou ficando conosco e, aos poucos, foi se mesclando à família de forma a nos conquistar e decidirmos ñ mais entregá-la, pois, qnd se quer REALMENTE criar um animal, independe de circunstâncias: VC SIMPLESMENTE CRIA!
Bree era saudável, esperta, carinhosa, tranquila, meiga, sociável e bastante enérgica. Dava-se bem com todos os demais animais da casa, inclusive brincava com o cão e foi até adotada por uma das gatas como filhota. Brincávamos muito e ela dormia todas as noites comigo, na cama, situação q ocorre frequentemente qnd adoto filhotes.
Passou-se o tempo e nem pensávamos em fazer cirurgia nela agora, porém o “destino” desempenhou seu papel.
No dia 17 havia um grupo de animais para castração na clínica em q costumo levar meus bichos e eu consultaria Heizo, meu gato mais velho, pra ver se ele tinha condições de castrar. Além disso, havia combinado com uma moça de onde moro para castrar a gata dela, mas a mulher acabou desistindo em cima da hora – literalmente – e ñ levou a gata. Com essa situação, acabei resolvendo levar Brígh no lugar da gata desistente, até porq ela já tinha seus 2 meses, portanto, já estava na época mínima de castrar. E assim foi.
Infelizmente, no dia seguinte à operação, Bree começou a apresentar sinais de q havia algo errado; ficou sem se alimentar nem beber água e começou a ficar pelos cantos, sem nem mesmo querer andar ou ficar junto com os demais animais. Percebendo a situação e com “trauma” de um caso recente do mesmo tipo ocorrido com a gata de uma conhecida q havia falecido, procurei cuidar de Bree ao meu máximo, dando água e comida via seringa pra ver se ela reagia, o q ñ aconteceu, pois ela recusava muito. Liguei para a veterinária na 2ª feira e perguntei se podia levá-la e ficou marcado de eu fazer isto no dia seguinte, porq a clínica estava com muito movimento e ñ haveria possibilidade de atender Brígh. Receitaram-me alguns cuidados por telefone e os fiz todos. Na 3ª feira a levei para a clínica e ela ficou no soro durante a parte da manhã. Qnd a busquei, à tarde, ela aparentava melhoras, mas sem muito ânimo ainda. Em casa, continuei os cuidados com alimentação e água em horários frequentes, porém sem muita reação da parte dela.
Estava sonhando, ñ me lembro o q, mas lembro-me de q algo no sonho ativou em mim a necessidade de acordar e, de súbito, despertei hj pela manhã, às 5:35hs. Assim q o fiz, logo procurei por Bree no quarto e lá estava ela na caixinha, deitada de lado, quietinha. Eu logo a toquei, tirei de lá e percebi q ela já estava com o corpinho todo mole, sem reagir, apenas me olhando e respirando fracamente. Desesperei-me por ñ saber o q fazer e por, no meu íntimo, saber o q estava acontecendo: eu a estava perdendo. Fiquei com ela em meus braços, tentei ajudá-la a respirar, fui pra parte externa da casa, liguei pra uma das veterinárias, mas sem sucesso e isso me deixou ainda mais desesperada. Continuei conversando e tentando ajudá-la, mas sabendo q tudo aquilo era em vão. Bree só me olhava e tentava respirar, entretanto já perdendo ainda mais suas forças. Beijei-a, abracei-a, acariciei-a e conversei MUITO com ela, porém mantendo a “razão” e sem chorar. Dentre essas ações, ainda a vi me encarar algumas vezes e gemer fracamente e, após um desses gemidos, senti q ela urinava em mim... Foi o último suspiro de minha Bree.
Só então chorei! Ñ importa dizer o qnt, mas doeu! Senti-me culpada, impotente e incompetente por ñ tê-la salvo. Senti raiva de mim mesma e, mais uma vez, percebi como a Vida é efêmera.
O dia passou. Minha gatinha está enterrada no quintal de casa. Ainda chorei muito e ainda choro enqt escrevo isto. Todavia, sei q preciso libertar-me dessa tristeza (daí estar escrevendo), bem assim como libertar Bree da energia mundana e permitir-nos seguir em frente, cada qual com sua senda, seja ela qual for. De qualquer forma, no final de tudo, ñ podemos retornar no Tempo e a Morte, assim como todos os sofrimentos, são lições q devemos tomar no sentido de aprendermos a nos responsabilizar e arcar com todos os nossos atos, além de nos fortalecermos para sermos seres mais evoluídos e conscientes da Vida.
Sei q fiz meu melhor e, por mais q pense haver a possibilidade de ter feito diferente, ñ tenho como mudar o ocorrido. E sei q vc, mesmo em pouco tempo de vida, conseguiu aproveitar o Cuidado e Amor q lhe foi oferecido por todos os q estiveram ao seu redor durante sua estadia aqui nessa vida, minha Bree. Amei-te e amarei nas lembranças q tenho de seu ser. Siga seu caminho e evolua seu Espírito. Descanse em paz, meu Amorzinho! Adeus!